Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, julho 28, 2010

CARREFOUR 4 - Introdução


"Carrefour" (Encruzilhada) não pretende ser mais do que uma exposição ao longo do caminho, um sinal temporário de reconhecimento no cruzamento caótico das épocas, sempre vibrante numa imensidão de cruzamentos simultâneos, onde as direcções se alteram a qualquer momento num movimento maciço de pessoas e coisas no planeta, neste supermercado global contemporâneo.

Esta exposição surgiu como consequência da dispersão de artistas sérvios em tempos que dilaceram os espaços íntimos. Tempos em que o local de residência se torna importante e valioso, mas ao mesmo tempo completamente irrelevante, tempos em que um domicílio passou a ser uma atitude ou uma sequela, uma posição marcada por fronteiras, cicatrizes, encruzilhadas de rupturas.

A exposição "Carrefour" é uma encruzilhada possível, uma exibição da trajectória e dos cruzamentos entre um ponto e outro, num espaço imprevisível e inconstante, sem um apoio estável, entre aqui e ali, seja onde for. A exposição refecte sobre o partir e o ficar, sobre a permanência e a instabilidade, sobre a saída para o mundo e sobre o regresso a casa, sobre a saída para o mundo e sobre o regresso a casa, sobre a aproximação ou afastamento das próprias raízes, da impossibilidade de quebrar o elo que, apesar da inconstância das ligações, será sempre inquebrável.

"Carrefour" (Encruzilhada) é uma exposição de artistas sérvios contemporâneos numa encruzilhada. Desta vez em Lisboa e Portugal.

Milan Atanaskovic (catálogo da exposição "Carrefour 4")

domingo, julho 25, 2010

CARREFOUR 4 - Exposição de Arte Contemporânea Sérvia



Depois de Paris, Belgrado e Madrid, a capital portuguesa tem a oportunidade de acolher a "CARREFOUR 4", uma exposição de arte contemporânea sérvia, que tem como curador Milan Atanaskovic,  Director-Geral da Art TV.
O evento estará patente no Museu da Água - Reservatório da Mãe de Água das Amoreiras, entre os dias 27 de Julho e 4 de Setembro.

segunda-feira, julho 19, 2010

Os Heróis de Malaca

Em 2011 celebra-se os 500 anos da conquista de Malaca pelos portugueses. Todavia, foi efectivamente, no ano de 1510 a data da chegada dos homens de D. Afonso de Albuquerque, àquela que era considerada a “Veneza” do sudoeste asiático, pois o seu porto era frequentemente visitado por mercadores vindos do Japão, China, Filipinas, Molucas, Pérsia, Malatar, Arábia e até de África.

A sua situação geoestratégica em relação ao comércio marítimo da Ásia, fez com que os bravos exploradores lusitanos tomassem Malaca em muito pouco tempo. É espantoso que um pequeno país, com um pequeno exército, que rondaria na época 40 000 homens, dominasse o Reino de Marrocos, as costas marítimas ocidental e oriental de África e praticamente todo o comércio marítimo vindo da Ásia.

Se na então Índia Portuguesa que caiu nas mãos da União Indiana nos anos 60 do século passado, e bem como em Macau, cuja transferência da administração passou em definitivo para a China, em 1999, nestes dois casos havia uma ligação institucional com Portugal.

O mesmo já não acontecia com Malaca, aonde esse vínculo institucional deixou de existir há séculos. Mas o que nunca findou, foi uma enorme vontade dos descendentes dos portugueses em continuar a preservar a herança histórica e cultural dos seus antepassados.

Um dos grandes dinamizadores da cultura portuguesa em Malaca é o Mestre Noel Felix, que viu realizado o sonho de uma vida, visitar Portugal. O nosso grande Mestre dizia que se sentia muito “gabado” em estar na terra dos seus “avós”.

Durante a sua estadia em Portugal, que ocorreu entre o final do mês de Outubro e o início do mês de Novembro, também eu tive a felicidade de conhecer o grande Mestre, e não resisti em fazer a seguinte pergunta: “qual era o segredo que fez com que preservassem a cultura e a língua portuguesa durante todos estes séculos apesar do abandono do Estado português?” E foi então que o nosso Mestre simplesmente respondeu: “porque sentimos orgulho em sermos portugueses!”.

Bom, tomando o exemplo dos Heróis de Malaca, que contra todas as adversidades, conseguiram manter as tradições e a língua portuguesa naquele cantinho da Ásia, o mesmo já não acontece na sua vizinha Ilha da Sumatra, pois já ninguém preserva a cultura holandesa, antiga potência colonizadora, mas há também que prestar homenagem à comunidade macaense e toda a diáspora portuguesa, que vai mantendo a herança lusitana nas terras de acolhimento, apesar do abandono das entidades oficiais.

De referir, que a Associação Coração em Malaca está a desenvolver um notável projecto chamado “Povos Cruzados” dinamizado pela Cátia Candeias, mais conhecida pela Bárbara do Bairro Português e pelo José Machado, mestre em danças de folclore.

 Um dos objectivos principais deste trabalho será em preparar um manual com um dicionário de palavras em português e português de Malaca. O manual será escrito em quatro línguas: português – português de Malaca – malaio e inglês para quem dele deseje recorrer e necessitar de aprender a falar e escrever. De referir que em toda a Malásia existem à volta de 200 palavras de origem portuguesa.
Os esforços da comunidade de origem portuguesa em Malaca, que hoje ronda as 1200 pessoas não pode cair no esquecimento, pois o seu trabalho diplomático é grandioso. As autoridades malaias permitem que esta comunidade goze de alguma autonomia e tenha órgãos políticos próprios, como é o caso do Painel do Regedor.
Decalcando as palavras do último presidente do Leal Senado de Macau, José de Sales Marques, quem quiser ser um empresa internacional e se esqueça da Ásia, não sabe o que anda a fazer, já para não falar que o sudoeste asiático possui uma população de mais 600 milhões de pessoas, e o seu crescimento económico galopante deveria ser considerado um grande incentivo por parte do Estado e das empresas portuguesas, para ali apostarem forte na sua internacionalização.

Por outro lado, há que observar com atenção a história e ter em conta que o eixo Goa-Malaca-Macau tem praticamente metade da população mundial, e com os antepassados históricos que Portugal tem com a região, urge a necessidade de retomar essa rota. Na rota do empreendorismo, pois Aicep deveria focalizar e adequar a sua política de incentivos para essa emergente área de negócios e não só para os mercados mais óbvios que são actualmente Angola e o Brasil, há que diversificar o investimento externo.

Mas uma melhor definição estratégica do investimento externo não chega, talvez precisamos de uma acção diplomática mais activa no campo económico e cultural, e aí os Heróis de Malaca tiveram e têm uma relevância extrema.

Por fim, não podemos esquecer que o Estado português deve proporcionar às suas comunidades espalhadas pelo Mundo, como é o caso da comunidade Macau e de Malaca, uma estreita ligação a Portugal, no entanto não se tem verificado um grande empenho por parte dos nossos governos em preservar esta relação histórica.

 A inexistência de voos da TAP para estas regiões também é sintomático de uma falta de interesse em investir nestas importantes áreas do globo. Se oficialmente a administração da TAP diz que economicamente não é viável, em termos do interesse nacional esses voos para a Ásia são imprescindíveis para que o orgulho de ser português e o fomento dos negócios com a Ásia possam florescer, pois se tal aconteceu no passado, também com algum empenho poderá acontecer no presente.

Artigo publicado na revista Raia Diplomática em 28.11.2009

sábado, julho 10, 2010

Raia Diplomática - The briefing


The Raia Diplomática (Diplomatic Frontier) magazine is meant to fill a gap in the portuguese editorial area of politics and contemporary international issues.
The name Raia Diplomática has a symbolic and meaningful message in its word choice.

The meaning of the word “Raia” does not derive from the notion of closed frontiers, quite the contrary, its meaning is being used to encourage open frontiers in matters of the mind through an exchange of information and ideas.

Such exchanges are indispensable in order to engage in a free and courageous debate about the values of authentic citizenship and of a participatory democracy.

As for the word “Diplomática,” which is related to diplomacy, it is the science of international relations and of courtesy.

The magazine is not only a link to discuss and comment on the experiences of the world through mere media, but also a way to delve deeper into each issue while seeking answers through incisive and active research.

 
The Raia Diplomática includes:


Politics and Society

News articles, columns and interviews will report on events marking the world today, including sections dedicated to Europe with particular emphasis on the activity of the European Union, the United States, the Americas, Africa, Asia and the Middle East.

Culture

Clear and informative coverage of various cultural events developed by the world of literacy, music, theater, cinematography and other forms of artistic creation, including rigorous critiques and news about all that the cultural market has to offer.

Economics and Business

Analysis and discussion of the macroeconomic situation of the world with news and reports of the most relevant situations that are affecting the lives of citizens, businesses and consumers around the globe. Also, information on the financial markets and big business, as well as a spotlight of success stories.

Sciences and Technology

Disclosure of the most significant and important studies and investigation of science that are/will in the future influence the life and the environment around us, including articles relevant to new technological events as well as an anthology of the most influential scientists in recent years.

Escapes and Pleasures

Worthwhile suggestions to escape the routine of the workplace. Dream travel destinations, the most vibrant cosmoplitan spots and the most rustic places to pay a visit as well as restaurants offering the best fare and beverage experiences. Plus, the latest fashion trends, fitness tips and the top luxury products and services out there.

domingo, julho 04, 2010

Victrix Media Consulting e a Universidade da Beira Interior assinam protocolo de cooperação


No passado dia 14 de Maio foi assinado um protocolo de cooperação entre a Victrix Media Consulting (proprietária da revista Raia Diplomática) e a Universidade da Beira Interior.


Este protocolo visa estabelecer um quadro de colaboração entre as duas instituições, através da realização de actividades conjuntas em áreas cientificas.

A cooperação estabelecida abrange a colaboração editorial nas suas respectivas publicações e a realização de estudos, congressos, colóquios e seminários temáticos.

Este é o segundo protocolo de cooperação assinado pela Victrix Media Consulting com uma instituição de ensino superior portuguesa, o primeiro foi com a Fundação Minerva, entidade institucionalizadora das Universidades Lusíada.