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quinta-feira, setembro 30, 2010
AS LÍNGUAS OFICIAIS DO BLOGUE DA RAIA DIPLOMÁTICA
As línguas oficiais do blogue da Raia Diplomática são o Português, o Inglês e o Espanhol...
The official languages of the Raia Diplomatica blog are Portuguese, English and Spanish ...
Los idiomas oficiales del blog Raia Diplomática se Portugués, Inglés y Español ...
FOLGA GERAL
Ontem decorreu mais um protesto dos sindicatos em várias cidades europeias, e culminará com a grande manifestação em Bruxelas onde são esperados mais de 100.000 activistas contra as políticas de austeridade dos governos, e para este ano é esse precisamente o lema “No to Austerity”.
Em Espanha para além da adesão ao protesto organizado pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES), também tem em mãos uma greve geral que já provocou desacatos em Madrid.
Antes e depois de uma greve há sempre duas interpretações a fazer, uma pelo lado do patronato, que olha para os números dos trabalhadores aderentes, por outro lado dos sindicatos que olham pelo número dos sindicalizados que arrimaram-se ao evento. Ambos estão certos, mas examinam para diferentes explicações.
Na Galiza, por exemplo essa dicotomia expressa-se também no seu bilinguismo – “Folga Xeral” em galego e “Huelga General” em castelhano, vão competindo entre si nos murais, montras e na propaganda sindical como está bem patente na cidade de Santiago de Compostela.
Por um lado os defensores da “Folga” dizendo que os direitos dos trabalhadores estão a ser ameaçados pelo capitalismo, e por outra banda os seus opositores que declaram que não é o momento certo para paralisar o país numa época de profunda crise financeira. Eis o argumentário clássico!!!
Um condimento para esta greve geral veio da presidente da Comunidade de Madrid, Esperanza Aguaire, uma das mais reputadas dirigentes da direita espanhola ao anunciar a suspensão de uma parte significativa dos parados (delegados sindicais) na sua comunidade, o que veio a enfurecer os sindicalistas, e a desanuviar um pouco a tensão com o PSOE, e este deve-lhe ter agradecido por ter escolhido tão mal o “timing” para essa decisão, logo contra-posta pelas regiões autonómicas controladas pelos socialistas que não iriam reduzir os parados.
Porém existe um factor que distingue o modus operandi dos sindicalistas espanhóis e portugueses, e possivelmente será a grande diferença entre as suas sociedades.
Enquanto na Espanha existe um respeito e até um certo temor pelos piquetes dos grevistas, em Portugal essa situação é praticamente ignorada pelas organizações intervenientes no processo grevista, que por ser uma prática banal, o seu efeito prático é quase nulo.
Embora no plano da grande politica espanhola tem as mesmas vicissitudes que são praticadas em Lisboa, mas os debates fracturantes que a sua sociedade é exposta, sobretudo os que acontecem em algumas regiões autonómicas como seja a Galiza, a Catalunha ou o País Basco criam uma robustez e uma clarividência, e quando é transferida para o dia-a-dia dos cidadãos e dos negócios conferem uma objectividade, e em certos pontos até uma agressividade, muito diferente da passividade e da amedrontada sociedade portuguesa.
Em Espanha para além da adesão ao protesto organizado pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES), também tem em mãos uma greve geral que já provocou desacatos em Madrid.
Antes e depois de uma greve há sempre duas interpretações a fazer, uma pelo lado do patronato, que olha para os números dos trabalhadores aderentes, por outro lado dos sindicatos que olham pelo número dos sindicalizados que arrimaram-se ao evento. Ambos estão certos, mas examinam para diferentes explicações.
Na Galiza, por exemplo essa dicotomia expressa-se também no seu bilinguismo – “Folga Xeral” em galego e “Huelga General” em castelhano, vão competindo entre si nos murais, montras e na propaganda sindical como está bem patente na cidade de Santiago de Compostela.
Por um lado os defensores da “Folga” dizendo que os direitos dos trabalhadores estão a ser ameaçados pelo capitalismo, e por outra banda os seus opositores que declaram que não é o momento certo para paralisar o país numa época de profunda crise financeira. Eis o argumentário clássico!!!
Um condimento para esta greve geral veio da presidente da Comunidade de Madrid, Esperanza Aguaire, uma das mais reputadas dirigentes da direita espanhola ao anunciar a suspensão de uma parte significativa dos parados (delegados sindicais) na sua comunidade, o que veio a enfurecer os sindicalistas, e a desanuviar um pouco a tensão com o PSOE, e este deve-lhe ter agradecido por ter escolhido tão mal o “timing” para essa decisão, logo contra-posta pelas regiões autonómicas controladas pelos socialistas que não iriam reduzir os parados.
Porém existe um factor que distingue o modus operandi dos sindicalistas espanhóis e portugueses, e possivelmente será a grande diferença entre as suas sociedades.
Enquanto na Espanha existe um respeito e até um certo temor pelos piquetes dos grevistas, em Portugal essa situação é praticamente ignorada pelas organizações intervenientes no processo grevista, que por ser uma prática banal, o seu efeito prático é quase nulo.
Embora no plano da grande politica espanhola tem as mesmas vicissitudes que são praticadas em Lisboa, mas os debates fracturantes que a sua sociedade é exposta, sobretudo os que acontecem em algumas regiões autonómicas como seja a Galiza, a Catalunha ou o País Basco criam uma robustez e uma clarividência, e quando é transferida para o dia-a-dia dos cidadãos e dos negócios conferem uma objectividade, e em certos pontos até uma agressividade, muito diferente da passividade e da amedrontada sociedade portuguesa.
terça-feira, setembro 28, 2010
CHINA – AS DIFERENTES VISÕES IBÉRICAS
Há três semanas uma comitiva do governo espanhol liderada pelo seu presidente, Rodriguez Zapatero visitou a China. Esta visita tinha a intenção de abrir mais oportunidades para os produtos e serviços espanhóis singrarem no tão apetecido e exigente mercado chinês.
Consequência disso ou não, a Gamesa vai investir mais de 90 milhões de euros na terra dos antigos mandarins.
O facto desta acção da diplomacia espanhola ter sido acompanhada muito de perto pelos seus órgãos de comunicação social, sendo objecto inclusive de referências de primeira página nos principais jornais mostra a importância da internacionalização que é dada pelos “nuestros hermanos”.
Quanto a Portugal foi noticiada também há algumas semanas a concessão da licença de voo da TAP para a China, todavia essa notícia teve um tratamento quase residual na imprensa.
Aliás, o alienamento da pátria de Luiz Vaz de Camões, Vasco da Gama, Afonso de Albuquerque ou Fernão Mendes Pinto pela Ásia é de todo incompreensível e exasperante.
Com uma longa relação com o Oriente, nomeadamente com a China, não consegue impor-se como os seus antepassados fizeram. Porque os portugueses do Séculos XV e XVI conseguiam aplicar a sua marca pelos territórios em que passavam.
Nem a experiência secular de ter administrado um território chinês como foi Macau, não conseguiu retirar significativos proveitos, muito por culpa do desprezo de Lisboa pela sua diáspora e por aqueles lutavam para prestigiar o nome de Portugal além fronteiras.
Porque a preservação do português como uma das línguas oficiais da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) por mais 40 anos, as calçadas, os edifícios e os monumentos que atestam a presença lusa serão únicas coisas que restaram do seu legado, o que é manifestamente pouco por tantos séculos de permanência.
Por sua vez, a China estabeleceu a RAEM como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial como os países de língua portuguesa, e no ano de 2003 o governo da República Popular da China (RPC) criou o fórum para ajudar nessa missão.
Pouco tempo depois a China propôs a Portugal que fosse criado um fundo para ajudar as empresas nas trocas comerciais, ao que o governo português imbecilmente declinou.
Foi mais uma oportunidade perdida, pois os “frutos” que esse fundo geraria poderiam hoje ser colhidos, e as relações luso-chinesas estariam certamente num patamar bem diferente. O mesmo não acontece com o Brasil e com Angola cuja a sua relação vai de “vento em popa”. E aqui não se trata de uma mera questão de recursos naturais e económicos, embora isso ajude muito nas suas parcerias comerciais, trata-se fundamentalmente de ter uma atitude digna de serviço de Estado, e não de vaidade pessoal.
Se ontem a China perguntava e puxava por Portugal, hoje segue o seu caminho como segunda potência económica mundial.
Enquanto o objectivo principal de Zapatero na sua viagem à China é de vender a “Marca Espanha”, aproveitando a onda mediática de serem campeões do mundo de futebol, mas também devido ao resultado do seu trabalho diplomático que tem investido forte na promoção da língua espanhola e na dinamização do Instituto Cervantes pelo mundo.
Por sua vez, a diplomacia portuguesa continua aburguesada, anacrónica e incompetente porque ainda não viu que o “centro” do mundo tenderá a deslocar-se para a Ásia devido ao seu crescimento económico, e bem como esse continente deter cerca de metade da população do planeta. Hoje, a Europa vive precisamente o contrário, uma recessão económica e política, pois não consegue encontrar o rumo certo para o desenvolvimento social tão apregoado nos tratados europeus, mas muito pouco praticado.
Se no Velho Continente, sobretudo na Europa germanizada, Portugal é visto como um país de segunda ou terceira classe, e em que é menosprezado, e a prova disso é a proposta da Comissão Europeia poder vetar os orçamentos nacionais que é uma clara violação às constituições nacionais.
Também em 1580 partilhamos a soberania com o Filipe II de Espanha, com o beneplácito dos mais altos responsáveis da nação – a Alta Nobreza e do Clero, e teve um resultado desastroso para o futuro de Portugal que ainda hoje se reflecte na sociedade.
Enquanto na Ásia, os portugueses ainda merecem algum respeito, pois a lenda do “Afonsinho”(Albuquerque) continua ainda a vaguear pelas terras do Oriente passados tantos séculos, o Estado português simplesmente ignora essa evidência do passado e do futuro.
Consequência disso ou não, a Gamesa vai investir mais de 90 milhões de euros na terra dos antigos mandarins.
O facto desta acção da diplomacia espanhola ter sido acompanhada muito de perto pelos seus órgãos de comunicação social, sendo objecto inclusive de referências de primeira página nos principais jornais mostra a importância da internacionalização que é dada pelos “nuestros hermanos”.
Quanto a Portugal foi noticiada também há algumas semanas a concessão da licença de voo da TAP para a China, todavia essa notícia teve um tratamento quase residual na imprensa.
Aliás, o alienamento da pátria de Luiz Vaz de Camões, Vasco da Gama, Afonso de Albuquerque ou Fernão Mendes Pinto pela Ásia é de todo incompreensível e exasperante.
Com uma longa relação com o Oriente, nomeadamente com a China, não consegue impor-se como os seus antepassados fizeram. Porque os portugueses do Séculos XV e XVI conseguiam aplicar a sua marca pelos territórios em que passavam.
Nem a experiência secular de ter administrado um território chinês como foi Macau, não conseguiu retirar significativos proveitos, muito por culpa do desprezo de Lisboa pela sua diáspora e por aqueles lutavam para prestigiar o nome de Portugal além fronteiras.
Porque a preservação do português como uma das línguas oficiais da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) por mais 40 anos, as calçadas, os edifícios e os monumentos que atestam a presença lusa serão únicas coisas que restaram do seu legado, o que é manifestamente pouco por tantos séculos de permanência.
Por sua vez, a China estabeleceu a RAEM como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial como os países de língua portuguesa, e no ano de 2003 o governo da República Popular da China (RPC) criou o fórum para ajudar nessa missão.
Pouco tempo depois a China propôs a Portugal que fosse criado um fundo para ajudar as empresas nas trocas comerciais, ao que o governo português imbecilmente declinou.
Foi mais uma oportunidade perdida, pois os “frutos” que esse fundo geraria poderiam hoje ser colhidos, e as relações luso-chinesas estariam certamente num patamar bem diferente. O mesmo não acontece com o Brasil e com Angola cuja a sua relação vai de “vento em popa”. E aqui não se trata de uma mera questão de recursos naturais e económicos, embora isso ajude muito nas suas parcerias comerciais, trata-se fundamentalmente de ter uma atitude digna de serviço de Estado, e não de vaidade pessoal.
Se ontem a China perguntava e puxava por Portugal, hoje segue o seu caminho como segunda potência económica mundial.
Enquanto o objectivo principal de Zapatero na sua viagem à China é de vender a “Marca Espanha”, aproveitando a onda mediática de serem campeões do mundo de futebol, mas também devido ao resultado do seu trabalho diplomático que tem investido forte na promoção da língua espanhola e na dinamização do Instituto Cervantes pelo mundo.
Por sua vez, a diplomacia portuguesa continua aburguesada, anacrónica e incompetente porque ainda não viu que o “centro” do mundo tenderá a deslocar-se para a Ásia devido ao seu crescimento económico, e bem como esse continente deter cerca de metade da população do planeta. Hoje, a Europa vive precisamente o contrário, uma recessão económica e política, pois não consegue encontrar o rumo certo para o desenvolvimento social tão apregoado nos tratados europeus, mas muito pouco praticado.
Se no Velho Continente, sobretudo na Europa germanizada, Portugal é visto como um país de segunda ou terceira classe, e em que é menosprezado, e a prova disso é a proposta da Comissão Europeia poder vetar os orçamentos nacionais que é uma clara violação às constituições nacionais.
Também em 1580 partilhamos a soberania com o Filipe II de Espanha, com o beneplácito dos mais altos responsáveis da nação – a Alta Nobreza e do Clero, e teve um resultado desastroso para o futuro de Portugal que ainda hoje se reflecte na sociedade.
Enquanto na Ásia, os portugueses ainda merecem algum respeito, pois a lenda do “Afonsinho”(Albuquerque) continua ainda a vaguear pelas terras do Oriente passados tantos séculos, o Estado português simplesmente ignora essa evidência do passado e do futuro.
domingo, setembro 26, 2010
As Pontes da Lusofonia na Galiza
No passado dia 25 de Setembro, a Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP) realizou o seu "II Seminário da Lexicologia", que teve lugar na Fundación Caixa Galicia em Santiago de Compostela.
Dentro das várias questões levantadas durante as quatro sessões do seminário, a AGLP conseguiu com a realização deste evento e com a qualidade material do debate, que o papel das academias deve ser valorizado sobretudo quando é impulsionado pela sociedade civil.
O esforço para a reintegração da língua galega no espaço da lusofonia deve continuar a ser debatido, sobretudo por uma academia que em menos de dois anos já tem um grande trabalho cientifico elaborado, nomeadamente um léxico do português da Galiza que foi transposto para o novo dicionário da Porto Editora.
O encerramento do seminário teve a cargo de Evanildo Bechara da Academia Brasileira de Letras, Raúl Rosendo Fernandes e João Malaca Casteleiro da Academia das Ciências de Lisboa, e de José-Martinho Montero Santalha da Presidente da AGLP que anunciou a formalização de dois acordos de cooperação com o Instituto Universitário de Lisboa e com a Academia de Ciências de Lisboa para continuar com o seu profícuo trabalho.
sexta-feira, setembro 24, 2010
II Seminário de Lexicologia da Língua Portuguesa
Realiza-se no próximo sábado, dia 25 de Setembro, na Fundação Caixa Galicia, sita na Rua do Vilar, em Santiago de Compostela, o "II Seminário de Lexicologia", e que tem como temas de debate: o papel das academias, a situação do ensino do português, dicionários e vocabulários e por fim, Lexicologia e Lexicografia.
O evento é organizado pela Academia Galega da Língua Portuguesa, e que conta com o apoio da Academia de Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Letras, Associação de Docentes de Português na Galiza, Instituto Camões, Instituto de Linguística Teórica e Computacional, Porto Editora e da Priberam Informática.
Para informações contacte a Academia Galega da Língua Portuguesa em http://www.aglp.net/
sexta-feira, agosto 13, 2010
Raia Diplomática volta em Setembro!!!
A Raia Diplomática já está na "Silly Season" e volta em Setembro!!!
quarta-feira, agosto 11, 2010
Oferta da Korsang di Malacca à Raia Diplomática
Oferta da Korsang di Malacca à Raia Diplomática, durante o lançamento da revista Raia Diplomática, no passado dia 27 de Novembro, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.
domingo, agosto 01, 2010
Carrefour 4 em Lisboa
No passado dia 27 de Julho teve lugar a inauguração da exposição colectiva de artistas sérvios - "Carrefour 4", no Museu da Água - Reservatório da Mãe de Água das Amoreiras, em Lisboa.
A capital portuguesa é a quarta etapa desta exposição, depois de ter estado presente em Paris, Belgrado e Madrid.
No ano em que se comemora o centenário do primeiro tratado celebrado entre Portugal e a Sérvia (1910-2010), este evento tem a particularidade de mostrar os trabalhos de artistas sérvios espalhados um pouco por toda a Europa, nomeadamente em França, Espanha, Portugal e da própria Sérvia, entre os quais destacam-se Aleksandar Rafajlovic, Aleksandra Saranovic, Anica Vucetic, Branislav Mihajlovic, Dusan Vrga, Masa Krivokapic, Misko Pavlovic, Nicola Raspopovic, Zdravko Joksimovic e Milan Atanaskovic, que também é o curador da exposição.
"Carrefour 4 - Encruzilhada" procura ser "um sinal temporário de reconhecimento no cruzamento caótico das épocas, sempre vibrante numa imensidão de cruzamentos simultâneos onde as direcções se alteram a qualquer momento, num movimento maciço de pessoas e coisas no planeta, neste supermercado global contemporâneo"1
A exposição "Carrefour 4" estará patente até dia 4 de Setembro.
1 ) In catálogo da exposição "Carrefour 4"
"A Construção do Impossível I" de Milan Atanaskovic
Uma das obras da exposição
Reservatório da Mãe de Água das Amoreiras
Pedro Inácio - Director do Museu da Água
Discurso de Dusko Lopandic - Embaixador da Sérvia (I)
Dusko Lopandic - Embaixador da Sérvia
Os primeiros visitantes da exposição
O ambiente da inauguração
O almoço do operário em tempos de luta de classes ou na transição da Sérvia" de Milan Atanaskovic
quarta-feira, julho 28, 2010
CARREFOUR 4 - Introdução
"Carrefour" (Encruzilhada) não pretende ser mais do que uma exposição ao longo do caminho, um sinal temporário de reconhecimento no cruzamento caótico das épocas, sempre vibrante numa imensidão de cruzamentos simultâneos, onde as direcções se alteram a qualquer momento num movimento maciço de pessoas e coisas no planeta, neste supermercado global contemporâneo.
Esta exposição surgiu como consequência da dispersão de artistas sérvios em tempos que dilaceram os espaços íntimos. Tempos em que o local de residência se torna importante e valioso, mas ao mesmo tempo completamente irrelevante, tempos em que um domicílio passou a ser uma atitude ou uma sequela, uma posição marcada por fronteiras, cicatrizes, encruzilhadas de rupturas.
A exposição "Carrefour" é uma encruzilhada possível, uma exibição da trajectória e dos cruzamentos entre um ponto e outro, num espaço imprevisível e inconstante, sem um apoio estável, entre aqui e ali, seja onde for. A exposição refecte sobre o partir e o ficar, sobre a permanência e a instabilidade, sobre a saída para o mundo e sobre o regresso a casa, sobre a saída para o mundo e sobre o regresso a casa, sobre a aproximação ou afastamento das próprias raízes, da impossibilidade de quebrar o elo que, apesar da inconstância das ligações, será sempre inquebrável.
"Carrefour" (Encruzilhada) é uma exposição de artistas sérvios contemporâneos numa encruzilhada. Desta vez em Lisboa e Portugal.
Milan Atanaskovic (catálogo da exposição "Carrefour 4")
domingo, julho 25, 2010
CARREFOUR 4 - Exposição de Arte Contemporânea Sérvia
Depois de Paris, Belgrado e Madrid, a capital portuguesa tem a oportunidade de acolher a "CARREFOUR 4", uma exposição de arte contemporânea sérvia, que tem como curador Milan Atanaskovic, Director-Geral da Art TV.
O evento estará patente no Museu da Água - Reservatório da Mãe de Água das Amoreiras, entre os dias 27 de Julho e 4 de Setembro.
segunda-feira, julho 19, 2010
Os Heróis de Malaca
Em 2011 celebra-se os 500 anos da conquista de Malaca pelos portugueses. Todavia, foi efectivamente, no ano de 1510 a data da chegada dos homens de D. Afonso de Albuquerque, àquela que era considerada a “Veneza” do sudoeste asiático, pois o seu porto era frequentemente visitado por mercadores vindos do Japão, China, Filipinas, Molucas, Pérsia, Malatar, Arábia e até de África.
A sua situação geoestratégica em relação ao comércio marítimo da Ásia, fez com que os bravos exploradores lusitanos tomassem Malaca em muito pouco tempo. É espantoso que um pequeno país, com um pequeno exército, que rondaria na época 40 000 homens, dominasse o Reino de Marrocos, as costas marítimas ocidental e oriental de África e praticamente todo o comércio marítimo vindo da Ásia.
Se na então Índia Portuguesa que caiu nas mãos da União Indiana nos anos 60 do século passado, e bem como em Macau, cuja transferência da administração passou em definitivo para a China, em 1999, nestes dois casos havia uma ligação institucional com Portugal.
O mesmo já não acontecia com Malaca, aonde esse vínculo institucional deixou de existir há séculos. Mas o que nunca findou, foi uma enorme vontade dos descendentes dos portugueses em continuar a preservar a herança histórica e cultural dos seus antepassados.
Um dos grandes dinamizadores da cultura portuguesa em Malaca é o Mestre Noel Felix, que viu realizado o sonho de uma vida, visitar Portugal. O nosso grande Mestre dizia que se sentia muito “gabado” em estar na terra dos seus “avós”.
Durante a sua estadia em Portugal, que ocorreu entre o final do mês de Outubro e o início do mês de Novembro, também eu tive a felicidade de conhecer o grande Mestre, e não resisti em fazer a seguinte pergunta: “qual era o segredo que fez com que preservassem a cultura e a língua portuguesa durante todos estes séculos apesar do abandono do Estado português?” E foi então que o nosso Mestre simplesmente respondeu: “porque sentimos orgulho em sermos portugueses!”.
Bom, tomando o exemplo dos Heróis de Malaca, que contra todas as adversidades, conseguiram manter as tradições e a língua portuguesa naquele cantinho da Ásia, o mesmo já não acontece na sua vizinha Ilha da Sumatra, pois já ninguém preserva a cultura holandesa, antiga potência colonizadora, mas há também que prestar homenagem à comunidade macaense e toda a diáspora portuguesa, que vai mantendo a herança lusitana nas terras de acolhimento, apesar do abandono das entidades oficiais.
De referir, que a Associação Coração em Malaca está a desenvolver um notável projecto chamado “Povos Cruzados” dinamizado pela Cátia Candeias, mais conhecida pela Bárbara do Bairro Português e pelo José Machado, mestre em danças de folclore.
Um dos objectivos principais deste trabalho será em preparar um manual com um dicionário de palavras em português e português de Malaca. O manual será escrito em quatro línguas: português – português de Malaca – malaio e inglês para quem dele deseje recorrer e necessitar de aprender a falar e escrever. De referir que em toda a Malásia existem à volta de 200 palavras de origem portuguesa.
Os esforços da comunidade de origem portuguesa em Malaca, que hoje ronda as 1200 pessoas não pode cair no esquecimento, pois o seu trabalho diplomático é grandioso. As autoridades malaias permitem que esta comunidade goze de alguma autonomia e tenha órgãos políticos próprios, como é o caso do Painel do Regedor.
Decalcando as palavras do último presidente do Leal Senado de Macau, José de Sales Marques, quem quiser ser um empresa internacional e se esqueça da Ásia, não sabe o que anda a fazer, já para não falar que o sudoeste asiático possui uma população de mais 600 milhões de pessoas, e o seu crescimento económico galopante deveria ser considerado um grande incentivo por parte do Estado e das empresas portuguesas, para ali apostarem forte na sua internacionalização.
Por outro lado, há que observar com atenção a história e ter em conta que o eixo Goa-Malaca-Macau tem praticamente metade da população mundial, e com os antepassados históricos que Portugal tem com a região, urge a necessidade de retomar essa rota. Na rota do empreendorismo, pois Aicep deveria focalizar e adequar a sua política de incentivos para essa emergente área de negócios e não só para os mercados mais óbvios que são actualmente Angola e o Brasil, há que diversificar o investimento externo.
Mas uma melhor definição estratégica do investimento externo não chega, talvez precisamos de uma acção diplomática mais activa no campo económico e cultural, e aí os Heróis de Malaca tiveram e têm uma relevância extrema.
Por fim, não podemos esquecer que o Estado português deve proporcionar às suas comunidades espalhadas pelo Mundo, como é o caso da comunidade Macau e de Malaca, uma estreita ligação a Portugal, no entanto não se tem verificado um grande empenho por parte dos nossos governos em preservar esta relação histórica.
A inexistência de voos da TAP para estas regiões também é sintomático de uma falta de interesse em investir nestas importantes áreas do globo. Se oficialmente a administração da TAP diz que economicamente não é viável, em termos do interesse nacional esses voos para a Ásia são imprescindíveis para que o orgulho de ser português e o fomento dos negócios com a Ásia possam florescer, pois se tal aconteceu no passado, também com algum empenho poderá acontecer no presente.
Artigo publicado na revista Raia Diplomática em 28.11.2009
sábado, julho 10, 2010
Raia Diplomática - The briefing
The Raia Diplomática (Diplomatic Frontier) magazine is meant to fill a gap in the portuguese editorial area of politics and contemporary international issues.
The name Raia Diplomática has a symbolic and meaningful message in its word choice.
The meaning of the word “Raia” does not derive from the notion of closed frontiers, quite the contrary, its meaning is being used to encourage open frontiers in matters of the mind through an exchange of information and ideas.
Such exchanges are indispensable in order to engage in a free and courageous debate about the values of authentic citizenship and of a participatory democracy.
As for the word “Diplomática,” which is related to diplomacy, it is the science of international relations and of courtesy.
The magazine is not only a link to discuss and comment on the experiences of the world through mere media, but also a way to delve deeper into each issue while seeking answers through incisive and active research.
The Raia Diplomática includes:
Politics and Society
News articles, columns and interviews will report on events marking the world today, including sections dedicated to Europe with particular emphasis on the activity of the European Union, the United States, the Americas, Africa, Asia and the Middle East.
Culture
Clear and informative coverage of various cultural events developed by the world of literacy, music, theater, cinematography and other forms of artistic creation, including rigorous critiques and news about all that the cultural market has to offer.
Economics and Business
Analysis and discussion of the macroeconomic situation of the world with news and reports of the most relevant situations that are affecting the lives of citizens, businesses and consumers around the globe. Also, information on the financial markets and big business, as well as a spotlight of success stories.
Sciences and Technology
Disclosure of the most significant and important studies and investigation of science that are/will in the future influence the life and the environment around us, including articles relevant to new technological events as well as an anthology of the most influential scientists in recent years.
Escapes and Pleasures
Worthwhile suggestions to escape the routine of the workplace. Dream travel destinations, the most vibrant cosmoplitan spots and the most rustic places to pay a visit as well as restaurants offering the best fare and beverage experiences. Plus, the latest fashion trends, fitness tips and the top luxury products and services out there.
domingo, julho 04, 2010
Victrix Media Consulting e a Universidade da Beira Interior assinam protocolo de cooperação
No passado dia 14 de Maio foi assinado um protocolo de cooperação entre a Victrix Media Consulting (proprietária da revista Raia Diplomática) e a Universidade da Beira Interior.
Este protocolo visa estabelecer um quadro de colaboração entre as duas instituições, através da realização de actividades conjuntas em áreas cientificas.
A cooperação estabelecida abrange a colaboração editorial nas suas respectivas publicações e a realização de estudos, congressos, colóquios e seminários temáticos.
Este é o segundo protocolo de cooperação assinado pela Victrix Media Consulting com uma instituição de ensino superior portuguesa, o primeiro foi com a Fundação Minerva, entidade institucionalizadora das Universidades Lusíada.
sexta-feira, junho 25, 2010
FOTOS DO LANÇAMENTO DA REVISTA RAIA DIPLOMÁTICA - 27.11.2009 - PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS EM LISBOA
No passado dia 27 de Novembro foi lançada no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, Raia Diplomática, a primeira revista portuguesa de política e actualidade internacional.
Neste evento estiveram presentes vários elementos do corpo diplomático e outras personalidades ligadas às àreas de interesse da Raia Diplomática.
A Raia Diplomática em exposição
Mathilde Nygren (Embaixada da Noruega) e D. Rino Passigato (Representante do Núncio Apostólico em Portugal)
Entrada para a recepção
Bruno Caldeira (Director da revista Raia Diplomática) e Varela de Matos (Varela de Matos & Associados - Sociedade de Advogados)
O convivio entre os convidados
Irene Oliveira (Câmara de Comércio e Indústria Luso-Sul Africana) e Louis Azevedo (Hotel Consultant)
Florisa Candeias (Associação Cultural Coração em Malaca)
As primeiras leituras sobre a Raia Diplomática
Gao Kexiang (Embaixador da China)
Luísa Timóteo (Presidente da Associação Cultural Coração em Malaca)
Thinta Zwane (Embaixada da África do Sul), Vanda Caldeira (Raia Diplomática), Joseph Cassar (Embaixador de Malta), D. Rino Passigato (Representante do Núncio Apostólico em Portugal), Dusko Lopandic (Embaixador da Sérvia) e Renato Faria (Embaixada do Brasil)
Bruno Caldeira (Director da revista Raia Diplomática) e Joseph Cassar (Embaixador de Malta)
Bruno Caldeira (Director da revista Raia Diplomática) e Thinta Zwane (Embaixada da África do Sul)
quinta-feira, junho 10, 2010
10 de Junho - Dia de Portugal e dos seus descendentes
Celebrou-se mais um feriado nacional. E se tiver bom tempo, o mais provável é que haja uma grande afluência às praias ou a fuga para outro tipo de diversão.
As palavras anteriormente descritas são o modelo típico com que a generalidade dos portugueses vê e sente a passagem de mais um feriado nacional, sendo completamente indiferente o motivo que deu origem à sua celebração.
Estado de espírito bem mais positivo é o vivido por exemplo nos países nórdicos, pois a sua celebração é sinónimo de festa e de exaltação popular e patriótica. Durante as minha visitas ao norte da Europa, mais concretamente a Helsínquia fiquei enormemente espantado com a mobilização popular no que diz respeito às comemorações das suas festas nacionais, e bem como aos eventos culturais relevantes que ocorrem naquela cidade.
E aqui não se pode colocar a questão como muitos advogam que sejam uma mera questão de regime político, pois na Finlândia vigora a república, enquanto nos seus vizinhos escandinavos – Noruega, Suécia e Dinamarca vivem sobre uma monarquia constitucional.
O mais inquietante sobre este défice de demonstração patriótica é que Portugal é uma das mais antigas nações da Europa e com uma história fascinante, sobretudo se atendermos à época dos Descobrimentos, pois um pequeno país da Europa dominava os mares do mundo conhecido.
Perante esta inércia que nos assola, o que realmente está a acontecer? Será que estamos atravessar mais uma severa crise económica, uma crise financeira, uma crise de valores? Nada disso! O que verdadeiramente estamos a ser fustigados é com uma severa crise de identidade que dura há mais de 200 anos.
Na história universal há poucos povos que se podem orgulhar dos seus feitos perdurassem no tempo, e que actualmente ainda formatam as vivências das populações de diferentes pontos geográficos.
A verdade é que não se sabe de que “matéria” eram feitos os portugueses dos Sécs. XV e XVI. Com uma população a rondar o 1,5 milhões de habitantes e com um território exíguo controlavam praticamente todos as rotas comerciais marítimas conhecidas. Todo o povo estava embebido por um objectivo – os seus governantes, os seus estrategas, os seus navegadores, os seus soldados, os seus mercadores estavam mergulhados num espírito e numa fé deveras heróicas que hoje ninguém consegue explicar essa valentia e audácia dos portugueses daquele tempo senão pela metafísica.
Historicamente o período que estamos actualmente a viver é certamente um dos mais baixos, sem ambição nem rumo para a nossa colectividade. Mais que uma questão económica ou financeira, pois o Estado Português desde a sua fundação em 1143 sempre gastou mais do que tinha, pois o nosso grande défice é de natureza emocional, sem confiança nem bravura dos outros tempos.
Tal como a fé, cada um tem a sua própria definição de pátria, todavia quem confinar o povo português a Portugal continental e às regiões autónomas dos Açores e da Madeira, está apenas atender e um elemento do Estado - o Território.
Mas o povo português está por todo o lado, por todo o mundo, e não estou apenas a citar às comunidades emigrantes do Séc XX, refiro-me também a um dos maiores legados que a História nos conferiu que são os seus descendentes, sobretudo aquela descendência que sobreviveu órfã, mas que resistiu a todos os ventos e marés, mantendo a cultura, as tradições e os costumes que os seus antepassados deixaram.
Sim são eles os Portugueses do Oriente!!!
Da Índia (Goa, Damão e Díu), visitando Ceilão, passando por algumas comunidades da Tailândia, da Birmânia e de Singapura, ancorando na “Veneza do Oriente”, Malaca, não esquecendo as ilhas das Flores na Indonésia nem de Timor-Leste e subindo para a “Mais Leal”, Macau, são sem dúvida estes homens e mulheres que brotam a efervescência eloquente dos seus antepassados. E é para estes Portugueses do Oriente que devemos contemplar o seu sentido patriótico, que conseguiram nunca deixar de falar o português crioulo, embora infelizmente em algumas comunidades já se tenha extinguido, o vestuário, as danças ou a comida, mesmo quando desamparados durante séculos pela pátria - mãe foram sempre fiéis às suas raízes.
Ao contrário daqueles que por motivos de mera promoção pessoal usam a nacionalidade e o passaporte português, jogam na selecção nacional de futebol dizendo que não se sentem portugueses e que nem vão cantar “A Portuguesa”, sem que haja um censura firme por parte da sua hierarquia, enquanto que os outros, os portugueses do oriente, os portugueses de sangue, que por vezes quando solicitam alguns simples fatos tradicionais para continuarem a divulgar a cultura nacional nos seus países de nascimento são muitas vezes ignorados pelas instituições do Estado, o que é manifestamente injusto.
Estou muito céptico que o Estado português tenha uma nova postura mais dinâmica para o oriente, tanto mais que o crescimento económico e demográfico dessas economias fará que seja nos próximos anos seja a região mais interessante do planeta, como foi há cinco séculos. Todavia, espero que a sociedade civil portuguesa una-se a este desígnio, seja a nível societário, associativo, cooperativo ou fundacional, tendo já em conta a execução de alguns projectos meritórios no oriente que estão a salvaguardar a identidade lusa em terras do Oriente.
Já é mais que tempo para contemplar aqueles que honram a memória da Pátria!!!
The Portuguese Heritage in Orient

segunda-feira, junho 07, 2010
Raia Diplomática - O Breve Resumo
A revista Raia Diplomática vai preencher uma lacuna no mercado editorial português no campo da política e actualidade internacional.
O nome Raia Diplomática tem uma simbologia muito própria nas palavras apresentadas.
O sentido da palavra “Raia” não advém de uma barreira fronteiriça, muito pelo contrário, ela tem um significado de abertura de fronteiras do pensamento, da troca de informações e de ideias.
Estas particularidades são indispensáveis para um debate livre e corajoso na defesa dos valores da verdadeira cidadania e da democracia participativa.
Quanto à palavra “Diplomática” que é relativa à diplomacia que é a ciência das relações internacionais, da cortesia.
Esta ligação de discutir e comentar as vivências do mundo, não apenas de uma lógica meramente mediática, mas também indo ao fundo das questões, procurando respostas através da investigação activa e incisiva.
Esta fusão emblemática tem muito haver com o local e com o país da idealização da revista Raia Diplomática.
Tomando em consideração a zona raiana da Beira Interior, assolada pela desertificação humana, em consequência do êxodo da sua população para outros cantos de Portugal e do mundo. Pese embora esse facto marcante, existe nas suas gentes marcas distintivas a nível etnológico e cultural.
E da mesma forma, Portugal, uma das mais antigas nações da Europa, que há mais de cinco séculos, através da sua aventura marítima, deu “novos mundos ao mundo”, dando-se a conhecer aos outros povos do mundo, até aí desconhecidos aos olhos dos destemidos navegadores portugueses, plasmando assim, um pouco dos seus hábitos na cultural universal.
E é partindo dessas duas simbologias geográficas, que a revista Raia Diplomática quer impor a sua marca distinta através de uma informação precisa, inovadora e refrescante, partindo do local para abraçar o global.
A Raia Diplomática inclui:
Política e Sociedade
As notícias, reportagens, crónicas e entrevistas fundamentais para estar a par dos acontecimentos que marcam o nosso mundo, com secções dedicadas à Europa, com especial enfoque à actividade da União Europeia, Estados Unidos, Américas, África, Ásia e Médio Oriente.
Cultura
Cobertura informativa descomplexada das várias manifestações culturais que se desenvolvem pelo mundo literário, musical, teatral, cinematográfico e de todas outras formas de criação artística renovadora.
Inclui também as críticas rigorosas e ousadas das novidades que o mercado cultural oferece.
Economia e Negócios
Análise e discussão da situação macroeconómica do mundo, com notícias e reportagens das situações mais relevantes que afectam a vida dos cidadãos, das empresas e dos consumidores.
Informações sobre os mercados financeiros e dos grandes negócios empresariais, e bem como, a divulgação dos casos de sucesso.
Ciência e Tecnologia
Revelação dos mais significativos e importantes estudos e investigações da ciência que estão ou estarão no futuro a influenciar a vida humana e o ambiente que nos rodeiam.
Os artigos mais pertinentes sobre os novos eventos tecnológicos e a antologia dos mais influentes cientistas dos últimos tempos.
Fugas e Prazeres
As sugestões mais interessantes para sair da rotina do dia de trabalho. As viagens de sonho, os locais mais cosmopolitas e rústicos a visitar, os restaurantes, as comidas e bebidas a experimentar.
Dá também a conhecer as novas tendências da moda e dos cuidados com o corpo humano, e a sedução dos mais recentes produtos e serviços de luxo.
sábado, junho 05, 2010
La Presidencia Española del Consejo de la Unión Europea: Deseos y Realidades
El 1 de enero de 2010 España asumió una nueva presidencia rotatoria del Consejo de la Unión Europea. Y como sucedió con las anteriores, el gobierno español ha considerado el semestre recién iniciado como una buena oportunidad para afianzar la imagen y el prestigio internacional del país y para mejorar, también, la propia imagen interna del Ejecutivo. En esto, pues, no hay novedad significativa respecto a presidencias anteriores o a las de otros países, pues no lo es que los distintos gobiernos utilicen ese escaparate semestral además de para defender determinadas líneas estratégicas que consideran prioritarias para el desarrollo de la Unión, para afianzar sus propias posiciones políticas internas. Lo novedoso del semestre español es que llega en un momento interno, europeo y global extraordinariamente complejo, definido por tres problemas fundamentales.
En el plano internacional, la crisis financiera y económica sigue dibujando un horizonte de dificultades y pesimismo. Cierto es que a finales del 2009 la mayoría de las principales economías mundiales dieron signos de recuperación, pero todavía siguen siendo señales demasiado débiles para borrar la incertidumbre general acerca de una recuperación global prolongada y sostenida. Aún más, las políticas de estímulo seguidas por muchos gobiernos han hipertrofiado los problemas clásicos de déficit y endeudamiento públicos, lo que arroja serías dudas acerca de cómo muchos países van a volver a las políticas de equilibrio presupuestario o, cuanto menos, de déficits públicos controlables.
La crisis ha acrecentado la falta de un liderazgo político internacional fuerte, desdibujando incluso la posición del presidente norteamericano Barack Obama, aunque las dudas acerca de su gestión tengan todavía una dimensión más interna que internacional. El hecho es que la fuerte caída de sus índices de popularidad ha difuminado un efímero pero real liderazgo que por su sola proximidad era capaz de incrementar el valor internacional del resto de líderes mundiales. En este contexto, un, en su momento, pretendido efecto de reforzamiento de liderazgo basado en la coincidencia entre el presidente Obama y el titular de la presidencia rotatoria de la Unión, Rodríguez Zapatero, parece hoy menos decisivo que ayer como medio a través del cual reforzar la imagen internacional del presidente español.
En segundo lugar, la reciente aprobación del Tratado de Lisboa no ha impedido que la Unión Europea sigua envuelta en un grave problema de clarificación institucional e incluso de búsqueda de su propia identidad como actor en el marco cambiante, fluido y líquido –que diría Zygmunt Bauman- de la sociedad internacional actual. Los inicios de la presidencia española han sufrido de forma lógica esta rearticulación institucional derivada del nuevo texto pues, evidentemente, no existen todavía mecanismos automatizados de reparto de papeles entre la presidencia rotatoria y la presidencia permanente o entre aquella y la Alta Representante para la Política Exterior de la Unión Europea. Eso por no hablar de que el procedimiento de examen al que se está sometiendo la Comisión en el Parlamento Europeo resta a la presidencia española capacidad real para articular y desarrollar institucionalmente sus propuestas.
La percepción, acertada sin duda, de estos problemas de funcionamiento interno de la Unión, ha llevado a España a considerar prioritario el desarrollo del Tratado de Lisboa. Necesario sí, pero poco atractivo también. Es decir, indudablemente supone un objetivo necesario, pero articulado como uno de los ejes centrales de la presidencia no puede por menos que resultar comprensivamente decepcionante para unos ciudadanos europeos verdaderamente preocupados por resolver su grave situación económica.
Además, a nadie escapa que la Unión se encuentra en un momento de indudable debilidad fruto de la interrelación de diversos procesos convergentes: unos, de origen interno derivados de un muy mal digerido aún proceso de ampliación a 27; otros de índole más estructural y que empujan a Europa a posiciones relativamente marginales dentro de un contexto global. Prueba de ello es la pérdida de influencia y peso frente a la pujanza de nuevos países emergentes como China, India o Brasil; el triste y secundario papel jugado por la Unión en la cumbre del Clima de Copenhague de finales de 2009; o las dificultades de articular una respuesta unitaria, rápida y eficiente al terrible terremoto que asoló Haití el pasado 12 de enero.
Esta percepción de la creciente excentricidad de Europa en relación a los nuevos poderes del mundo hacen cada vez menos creíbles las continuas propuestas acerca del liderazgo de la Unión en la globalización. Desde 1992 son demasiadas las estrategias y también demasiadas las decepciones para que esta propuesta, que no podía faltar entre los objetivos de la presidencia española, resulte ya un tanto retórica y carente de significado.
Por si estos problemas fueran pequeños, la presidencia española se ha iniciado en un momento de indudable debilidad interna del gobierno español. La pésima gestión de la crisis económica, con unos incrementos brutales de las cifras de paro, ha minado de forma considerable la credibilidad interna e internacional del gobierno presidido por José Luis Rodríguez Zapatero, muy especialmente en todo lo relativo a las propuestas de salida de la crisis. Esta debilidad es evidente y especialmente decisiva a la hora de poder articular los necesarios consensos para establecer compromisos firmes y de obligado cumplimiento, por lo que no puede esperarse que en estos seis meses puedan definirse unas alternativas creíbles a la fracasada Estrategia de Lisboa del año 2000. Y un nuevo fracaso sería todavía más grave pues la crisis económica amenaza cada vez más la propia homogeneidad interna de la Unión, dibujándose una especie de Europa a dos velocidades de difícil viabilidad futura. Eso por no hablar de la opinión de algunos gurús que vaticinan ya la quiebra de la Unión Monetaria por la situación de extrema debilidad de algunas economías de la zona euro, muy especialmente de la española.
Bien es verdad que la crisis ha demostrado la escasa capacidad predictiva de la inmensa mayoría de expertos económicos, pero ello no obsta para que sus opiniones repercutan en esa herida de credibilidad que actualmente sufre el Ejecutivo español.
Pero no todo en modo alguno es negativo. España puede impulsar las relaciones euromediterráneas y eurolatinoamericanas, mejorando los instrumentos de relación y de cooperación. Puede impulsar de forma notable una nueva agenda trasatlántica más convergente, eficaz e incluso decisiva en la solución de algunos problemas esenciales. Puede, asimismo, proponer medidas de coordinación económica que resulten atractivas para el conjunto comunitario. Y puede, por fin, dar un salto también decisivo hacia el continente asiático, así como incidir en la mejora de políticas tan importantes como las de igualdad o la lucha contra la violencia de género. Puede, en fin, plantear propuestas que aunque no logren acuerdos sustantivos sí podrían orientar decisivamente la agenda de la Unión hacia intereses más cercanos a los ciudadanos. Ciudadanos que son, en definitiva, quienes verdaderamente componen ese proyecto político todavía en construcción que es la Unión Europea
Juan Carlos Jiménez Redondo es professor en Instituto de Estudios da Democracia da CEU - Universidad San Pablo de Madrid y miembro do Consejo Editorial de la revista Raia Diplomática.
Nota: Este artigo foi escrito em Janeiro de 2010
quinta-feira, junho 03, 2010
Victrix Media Consulting e a Fundação Minerva assinam protocolo de cooperação
No passado dia 27 de Julho foi assinado um protocolo de cooperação entre a Victrix Media Consulting e a Fundação Minerva – Cultura – Ensino e Investigação Científica, entidade titular das Universidades Lusíada.
Este protocolo visa estabelecer um quadro de colaboração entre as duas instituições, através da realização de actividades conjuntas em áreas cientificas.
A cooperação estabelecida abrange a colaboração editorial nas suas respectivas publicações e a realização de congressos, colóquios e seminários temáticos.
terça-feira, março 09, 2010
O regresso do blog da Raia Diplomática
O blog da revista Raia Diplomática tem a função de ser o espaço institucional da revista. Desta forma queremos dar conta dos projectos da RD aos seus leitores. A Raia Diplomática pretende portanto ser muito mais do que uma simples publicação, seja ela impressa ou online, pois para lá da informação da actualidade internacional que queremos prestar, existem paralelamente a isso, outras actividades do plano da discussão e da área lúdica que complementarão a unidade editorial deste projecto.
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