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domingo, outubro 03, 2010

ESTADO PATERNALISTA OU ESTADO PADRASTO


Em grande parte da Europa assiste-se ao esvaziamento do Estado providência com o corte dos benefícios sociais, e tendo em consideração ao aumento da esperança média de vida, e consequente envelhecimento da sua população, e para fazer face ao desequilíbrio orçamental, os governos têm tomado medidas para tornar o Estado menos paternalista.

No caso português, a criação do factor de sustentabilidade por parte da Segurança Social, significa que para as gerações que agora iniciam a sua vida profissional activa, quando chegarem à idade de reforma virão os seus rendimentos reduzirem-se drasticamente. Para colmatar essa perda real de rendimentos e de poder de compra, o governo incute aos seus contribuintes a subscreverem produtos de poupança.

Os recentes escândalos financeiros que aconteceram um pouco por todo mundo demonstram que os Estados não podem virar a cara ao funcionamento de instituições que têm forte impacto na sociedade, seja através da regulação, supervisão ou até mesmo pela intervenção directa nos mercados financeiros. Se tal não acontecer o Estado passa a ser um padrasto insensível aos olhos dos seus cidadãos, pois ficam desprovidos de qualquer protecção perante os devaneios morais dos gestores, onde tudo é permitido para conseguirem atingir os seus objectivos, pois a ditadura dos números imposta pelas administrações não dão margem de manobra.

Há no mercado inclusive produtos financeiros/poupança que findo o prazo, o subscritor/tomador recebe menos capital do que o total das entregas durante a vigência do contrato.

A existência deste tipo de situações, salvaguardada a livre concorrência, é inconcebível sobretudo quando é o próprio Estado incentiva os seus contribuintes a procurarem tais soluções, mas que de facto não passa de um verdadeiro embuste e com consequências sociais muito gravosas para quem procura uma protecção financeira.

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